domingo, 24 de abril de 2011

Analisando obras!

Estudantes de artes têm uma pequena obrigação, olhar, entender, e analisar alguns fatores em uma obra de arte é quase que uma regra, e graças a uma querida e adorada professora aprendemos uma receitinha que unida as suas maravilhosas idéias e sensibilidade mágica, podem mostrar alguns toques interessantes sobre o artista, a obra e até mesmo a história.
Vimos 9 diferentes olhares que podem nos ajudar muito a construir um texto que descreva e mostre o motivo daquela bela obra de arte (não vamos nos prender a questão estética nesse momento, ok?)

Primeiro olhar: um nível meramente descritivo, dizer o que estamos vendo na obra, descrever seus elementos;
Segundo olhar: o sentimento que a obra quer passar, não o que espectador pensa que ela pretende passar;
Terceiro olhar: a técnica, os recursos e materiais utilizados;
Quarto olhar: fatos históricos e símbolos que a obra apresenta;
Quinto olhar: qual o estilo do artista, a época, entre outras informações;
Sexto olhar: o que você sente admirando a obra;
Sétimo olhar: valor institucional da obra;
Oitavo olhar: processos pelos quais a obra passou, restaurações por exemplo;
Nono olhar: ponto de vista estético.


Então vamos aproveitar e colocar a mão na massa com a tarefinha da semana



Tarsila do Amaral pintou o quadro "operários" em 1933, após uma viagem à URSS com a intenção de tomar conhecimento dos ideais políticos da região. A obra apresenta vários rostos alinhados e "empilhados" num plano mais próximo e algumas formas que representam fábricas mais ao fundo. A artista utilizou a técnica de óleo sobre tela e hoje em dia a obra pertence ao acervo do Governo Estadual  de São Paulo. O quadro mostra alguns fatos importantes como a apresentação de várias etnias, representando os trabalhadores que vinham de vários lugares e a organização social no trabalho com o capitalismo e a industrialização, algo interessante na obra é que alguns desses rostos são retratos de artistas e intelectuais da época, como Mario de Andrade, Anita Malfati, Plinio Salgado, Oswald de Andrade, entre outros, com esses retratos a artista quis expressar que todos somos operários dentro de uma causa, e cada setor da sociedade possui sua causa e seu efeito sobre seus determinados grupos.
Todos os rostos apresentam um ar de tristeza, resgatando o contexto político, econômico e social do Brasil na época (1910-1920), é uma bela obra que trás um contexto muito abrangente sobre a questão social e também uma linguagem muito expressiva que faz com que qualquer espectador, que entenda ou não sobre arte, entre em estado de fruição tentando compreender o que cada rosto daquele quer lhe dizer e lhe mostrar.


(demorei um pouco pra escrever novamente.. vou tentar não abandonar por tanto tempo assim... mas já estou tendo algumas idéias para o próximo texto que vai ter um fundo bem pessoal xD)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Brincar ou Fantasiar?

Muitos dias sem postar nada,  não sei... O ultimo texto foi um tanto quanto triste... Mas a vida continua e devemos seguir em frente com as melhores lembranças dentro do coração =]

Estava pensando em um assunto interessante para comentar, então surgiu um texto recomendado por uma professora e acredito que seja bem interessante comentar sobre ele, afinal nosso querido Freud explica algumas coisas!
O texto de 1907 com linguagem e assuntos tão atuais, questionamentos persistentes até os dias de hoje, o mais interessante segundo a minha leitura foi o comentário sobre os sonhos e a exposição de uma idéia de que as pessoas têm medo de comentar suas fantasias e devaneios.
Todos percebemos que as crianças brincam, elas criam um mundo particular (ou em seu grupo fechado de amiguinhos que estão compartilhando da mesma idéia), nessas brincadeiras muitas vezes os pequenos imitam os adultos, exemplo da casinha, da escolinha e por ai vai... Para uma criança é normal, ela faz daquilo um ato tão real que expõe suas brincadeiras, desejos e vontades para que todos vejam. Até ai tudo muito comum, outra parte do texto fala sobre o fantasiar dos adultos, que a entrada na idade adulta poda todo esse exercício, ou melhor, esconde esta parte da sua personalidade por ter vergonha das suas fantasias, pois elas podem ser proibidas ou muito infantis,  e acaba sentindo grandes faltas ao invés de compartilhar aquilo que imagina com outro.
O grande toque do texto é comentar sobre o escritor criativo (e acredito que os artistas também ), tem a liberdade de continuar brincando e fantasiando mesmo quando adultos, e não são recriminados por isso, pois o fazem de maneira tão sensível, verdadeira e natural que os expectadores entram nessa viagem e muitas vezes se identificam com o que está sendo exposto.
Ser artista é poder continuar a brincar sem ter medo de desagradar aos outros, sem sentir culpa por colocar seus maiores devaneios a disposição do julgamento de um determinado grupo, utilizando sua obra para tal finalidade.



Citei os sonhos e acho interessante colocar o que o texto relata...
“à noite surgem em nós desejos de que nos envergonhamos, têm de ser ocultos de nós mesmos, e foram conseqüentemente reprimidos e empurrados para o inconsciente”


Em síntese acho tudo isso muito triste.. HAHA afinal vivemos escondendo nossos sonhos e sonhamos porque escondemos nossos desejos

É um assunto a se pensar... e esse texto é bem legal.. além disso que falei, ele trás alguns outros assuntos relacionados também, exemplificando e esclarecendo melhor a idéia...Quem tiver um tempinho e um pouquinho de interesse, é só procurar no nosso querido Google o titulo (Escritores criativos e Devaneios) que o primeiro que aparece é ele mesmo, o próprio ;D
fica a dica da semana ^^


=]





AKOMA
                                                      Paciêcia e torelância